Os
5,9 milhões de candidatos que farão a edição deste ano do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), neste sábado e domingo, terão mais
segurança na correção de suas provas de redação. O novo método de
revisão dos textos, considerado a principal mudança do Enem 2012, é
visto por especialistas e profissionais da educação como algo positivo.
A partir desta edição, as redações continuarão a ser analisadas por dois corretores independentes, mas, caso haja diferença maior que 20% na nota final entre eles, a redação será lida por um terceiro profissional. Se, ainda assim, a discrepância entre as notas permanecer, a dissertação passará para uma banca examinadora de excelência, composta por três professores avaliadores que darão então a nota final ao participante.
"Essas mudanças são importantes, pois atacam um ponto fraco do Enem nos últimos anos, mas que ficou encoberto por questões maiores", afirma o professor e membro do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Francisco Soares.
Na prática, como avalia o professor da UFMG Luiz Prazeres, que participou das correções de provas do Enem entre 2006 e 2008, a medida trará mais critério para a correção. "Acho que tem que ser corrigida por mais de duas pessoas - três, no mínimo. Assim, você diminui a discrepância e dá mais segurança para as notas".
Em função da criação do novo sistema, o governo vai aumentar em 40% o número de corretores. Em contrapartida, é esperada uma diminuição na quantidade de questionamentos judiciais das notas do Enem. Em 2011, o Ministério da Educação registrou 122 pedidos judiciais de vista da prova da redação. Em 2010, foram 28.
Escolas. Outra mudança prevista para esta edição do exame é a forma como as notas para as escolas que têm alunos participando do Enem serão divulgadas. Antes, as unidades de ensino recebiam apenas uma nota. Agora, serão cinco resultados, um para cada caderno de prova. "É um passo na direção correta. Mesmo em escolas com notas boas, você tem alunos que não foram tão bem assim. Agora, o governo vai dizer o que significa os números. Vai dizer quanto o aluno tirou e o que ele sabe e o que não sabe", diz Soares.
A partir desta edição, as redações continuarão a ser analisadas por dois corretores independentes, mas, caso haja diferença maior que 20% na nota final entre eles, a redação será lida por um terceiro profissional. Se, ainda assim, a discrepância entre as notas permanecer, a dissertação passará para uma banca examinadora de excelência, composta por três professores avaliadores que darão então a nota final ao participante.
"Essas mudanças são importantes, pois atacam um ponto fraco do Enem nos últimos anos, mas que ficou encoberto por questões maiores", afirma o professor e membro do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Francisco Soares.
Na prática, como avalia o professor da UFMG Luiz Prazeres, que participou das correções de provas do Enem entre 2006 e 2008, a medida trará mais critério para a correção. "Acho que tem que ser corrigida por mais de duas pessoas - três, no mínimo. Assim, você diminui a discrepância e dá mais segurança para as notas".
Em função da criação do novo sistema, o governo vai aumentar em 40% o número de corretores. Em contrapartida, é esperada uma diminuição na quantidade de questionamentos judiciais das notas do Enem. Em 2011, o Ministério da Educação registrou 122 pedidos judiciais de vista da prova da redação. Em 2010, foram 28.
Escolas. Outra mudança prevista para esta edição do exame é a forma como as notas para as escolas que têm alunos participando do Enem serão divulgadas. Antes, as unidades de ensino recebiam apenas uma nota. Agora, serão cinco resultados, um para cada caderno de prova. "É um passo na direção correta. Mesmo em escolas com notas boas, você tem alunos que não foram tão bem assim. Agora, o governo vai dizer o que significa os números. Vai dizer quanto o aluno tirou e o que ele sabe e o que não sabe", diz Soares.

Benefício
Lei de Cotas já pode ser usada
Nesta
edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos já
poderão ser beneficiados pela Lei de Cotas, que reserva vagas em
universidades públicas, de acordo com critérios étnicos e
socioeconômicos dos participantes. Segundo o texto da legislação, até
2016, 50% das vagas das universidades federais do país deverão ser
destinadas a estudantes de escolas públicas.
"É um avanço significativo. É o pagamento de uma dívida histórica, principalmente com a população negra", diz o professor da Faculdade de Educação e coordenador do Observatório da Juventude da UFMG, Juarez Dayrell.
De acordo com dados do Ministério da Educação, a população negra representa apenas 12,1% dos candidatos do Enem 2012. Somados aos pardos e indígenas, que também estão previstos na nova lei, essa parcela de candidatos sobe para 54% do total. Para Dayrell, a nova lei pode aumentar o número de candidatos negros.
Na UFMG, que usa o Enem como a primeira etapa do seu vestibular. 12,5% das vagas para o próximo ano serão destinadas à Lei de Cotas. (JHC)
"É um avanço significativo. É o pagamento de uma dívida histórica, principalmente com a população negra", diz o professor da Faculdade de Educação e coordenador do Observatório da Juventude da UFMG, Juarez Dayrell.
De acordo com dados do Ministério da Educação, a população negra representa apenas 12,1% dos candidatos do Enem 2012. Somados aos pardos e indígenas, que também estão previstos na nova lei, essa parcela de candidatos sobe para 54% do total. Para Dayrell, a nova lei pode aumentar o número de candidatos negros.
Na UFMG, que usa o Enem como a primeira etapa do seu vestibular. 12,5% das vagas para o próximo ano serão destinadas à Lei de Cotas. (JHC)
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